"Meu pai está com Alzheimer.Logo ele,que durante toda vida se dizia o "Infalível". Logo ele,que um dia ,ao tentar me ensinar matemática,disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu ,ao longo desses 54 anos de convivência o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha 13 anos e que nunca mais esqueceu: Esternocleidomastóideo.
O Diagnóstico médico ainda não é conclusivo,mas,para mim,basta saber que ele esqueceu o meu nome,mal anda,toma líquidos de canudinho,não consegue terminar uma frase,nem controla mais suas funções fisiológicas,e tem os famosos delírios paranoicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás,fico até mais tranquilo diante doo "Eu não sei ao certo"dos médicos;prefiro isso ao "Estou absolutamente certo de que..." frase que me da arrepios.
E o que fazer..para evitarmos essas drogas?
Como?Lendo muito,escrevendo,buscando a clareza das ideias,criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida "bandida"
Meu conselho:é para vocês não serem infalíveis como o meu pobre pai;não cheguem ao topo,nunca,pois dalì so hà um caminho:DESCER."
Continuaremos esse artigo mais tarde....Artigo retirado da revista "Flor da Idade" com depoimento do Psicólogo e escritor- Roberto Goldkorn.
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